quarta-feira, 29 de julho de 2009

O TEMPO PASSA E NADA ACONTECE


(Imagens do Google)
CEMITÉRIO DA SOLEDADE
Sempre me pergunto: porque será que este cemitério continua assim, ano pós ano? Passamos por ele sempre, e muitas vezes nem percebemos a sua presença, mas ele está ali, imponente, parece querer se fazer lembrar, lembrar da nossa história, lembrar da sua riqueza como patrimônio cultural e no entanto, nada se faz, nada se questiona, parece mais adormecido, quem sabe o tempos possa acabar mesmo, com o pouco que resta, esperando que algo aconteça.
Claro que o Soledade, já fez parte de várias pesquisas, estudos e nos, fazemos parte das pessoas que buscaram saciar a curiosidade sobre este local.
Em 2003 eu e mais duas amigas:
LUCILA PINHO, SEMÍRAMIS MARIA FEIO LIBONATI
fizemos uma pesquisa sobre este “lugar”. Interessante, que nosso orientador Prof. Paranaense, Francisco Ferraz, achou estranho nossa escolha, rsrs, também acharia se não morasse em Belém e não conhecesse sua história. Assim, desenvolvemos nossa pesquisa tendo como tema: O TEMPO, AS PESSOAS E UM LUGAR: O CEMITÉRIO DA SOLEDADE NO DISCURSO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE BELÉM (1850 – 1963), Monografia apresentada como requisito para a obtenção do titulo de especialista no curso de pós graduação em Metodologia do Ensino de História do Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão.
Trabalhamos, visando uma abordagem sobre ORDEM e DESEORDEM, que já se fazia presente nos discursos nos 2 anos escolhidos para o estudo. No entanto, ainda hoje nada se modificou, o cemitério continua ali e nenhuma ação política foi feita para a preservação e valorização do nosso Soledade. “ (...) Na década dos anos 90 do século passado, pela sua importância artístico-cultural, esteve preste a se tornar um Museu Escultórico ao ar livre, através de um projeto da Prefeitura de Belém, aprovado pelo Ministério da Cultura . O objetivo de tal projeto era revitalizar toda infra-estrutura e resgatar os valores históricos e artísticos desse cemitério. Por falta de verbas, não houve a concretização do mesmo. (...) Assim o novo e o velho vivem um constante conflito, uma vez que as mudanças acabam se opondo às formas espaciais já existentes. É comum as formas do passado persistirem, permitindo a convivência do antigo com o moderno, do progresso com a tradição, havendo sempre a resistência à permanência ou à mudança.”
Por quanto tempo, será, que nosso Soledade vai aguentar a esperar que alguma ação de nossos governantes possam valorizar sua importância? Por quanto tempo resistirá as ações do tempo e da natureza conservando a riqueza cultural de nosso passado?
Rosangela Pinho

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